10 fevereiro, 2010

A alegria do autoconhecimento

Hoje me percebi entusiasmada com as possibilidades que o autoconhecimento me proporciona. É incrível como a observação da sua própria rotina pode revelar coisas impressionantes. Há dias, como hoje, em que fico animada em me conhecer mais, em sentir que me conheço, pelo menos razoavelmente bem. É bem verdade que há dias em que é péssimo enxergar as verdades que isto traz, mas vou deixar esta parte pra outro texto. Hoje quero falar do auto como uma coisa boa de se viver.

Certa vez, ao conversar com uma amiga já quarentona e cheia de vida, ouvi que sua mãe, esta já com mais de 75, incentivava que as filhas tentassem ao máximo se autoconhecer. E essa dica veio desde que elas eram bem novas. A sábia matriarca dizia que se autoconhecer as ajudaria a lidar com os altos e baixos do humor e da vida, ajudaria até na bendita TPM que atormenta a tantas mulheres. Ele, o autoconhecimento, ajudou a doce matriarca a lidar com um incômoda doença durante muitos anos de sua vida. Esse relato me marcou muito e me incentivou, ainda mais, a encontrar e descobrir detalhes em mim que me ajudariam a caminhar.

Digo tudo isso em meio a um sentimento de paz interessante. Há um mês tenho passado por insônias recorrentes que me deixam extremamente agitada (e sonolenta no dia seguinte) e também "re-encontrei" uma alergia antiga, de fundo emocional, que traz coceiras perturbadoras. Mas, ainda assim, sinto-me tranquila e firme em meus passos. Sinto verdadeiramente que isto, pelo menos em boa parte, é fruto de saber quem realmente sou, das minhas fraquezas, das minhas tendências e da certeza de que terei que serenamente lidar com tudo isto. Nem sempre dá certo, é verdade, mas consigo prosseguir...ah, e isto é uma vitória!

Não quero defender uma postura "em-si-mesmada" da vida, e muito menos uma atitude de autosuficiência. Pelo contrário, quanto mais me conheço, mais vejo o quanto dependo da graça de Deus para poder olhar pra minha alma e ainda assim não desistir. Ainda que o autoconhecimento me traga certa estabilidade e alegria, não é nele, mas sim em Deus que ancoro minhas mãos pra voltar a me equilibrar e caminhar depois de passos trôpegos.

Sou grata a Deus que continua a me ensinar através das coisas corriqueiras da vida e que me ajuda, não sei como, a me alegrar quando mergulho no meu ser e descubro como e quem realmente sou, e assim poder observar a vida com mais clareza e, quem sabe, simplicidade.

Um comentário:

liz valente disse...

"..Aos poucos vou enxergando traços do seu, do nosso crescimento.." a busca pela simplicidade por vezes é um desafio de se viver naturalmente. Mas a naturalidade só pode vir de dentro e não tem como fugir, o caminho começa aí, quando olhamos pra dentro com muita coragem, e com olhos dispositos a reconhecerem a verdade de quem somos, outra coisa que.. enfim. querida, muito bom o texto.
dá vontade de falar muitas coisas..
abrçs.