Hoje me percebi entusiasmada com as possibilidades que o autoconhecimento me proporciona. É incrível como a observação da sua própria rotina pode revelar coisas impressionantes. Há dias, como hoje, em que fico animada em me conhecer mais, em sentir que me conheço, pelo menos razoavelmente bem. É bem verdade que há dias em que é péssimo enxergar as verdades que isto traz, mas vou deixar esta parte pra outro texto. Hoje quero falar do auto como uma coisa boa de se viver.
Certa vez, ao conversar com uma amiga já quarentona e cheia de vida, ouvi que sua mãe, esta já com mais de 75, incentivava que as filhas tentassem ao máximo se autoconhecer. E essa dica veio desde que elas eram bem novas. A sábia matriarca dizia que se autoconhecer as ajudaria a lidar com os altos e baixos do humor e da vida, ajudaria até na bendita TPM que atormenta a tantas mulheres. Ele, o autoconhecimento, ajudou a doce matriarca a lidar com um incômoda doença durante muitos anos de sua vida. Esse relato me marcou muito e me incentivou, ainda mais, a encontrar e descobrir detalhes em mim que me ajudariam a caminhar.
Digo tudo isso em meio a um sentimento de paz interessante. Há um mês tenho passado por insônias recorrentes que me deixam extremamente agitada (e sonolenta no dia seguinte) e também "re-encontrei" uma alergia antiga, de fundo emocional, que traz coceiras perturbadoras. Mas, ainda assim, sinto-me tranquila e firme em meus passos. Sinto verdadeiramente que isto, pelo menos em boa parte, é fruto de saber quem realmente sou, das minhas fraquezas, das minhas tendências e da certeza de que terei que serenamente lidar com tudo isto. Nem sempre dá certo, é verdade, mas consigo prosseguir...ah, e isto é uma vitória!
Não quero defender uma postura "em-si-mesmada" da vida, e muito menos uma atitude de autosuficiência. Pelo contrário, quanto mais me conheço, mais vejo o quanto dependo da graça de Deus para poder olhar pra minha alma e ainda assim não desistir. Ainda que o autoconhecimento me traga certa estabilidade e alegria, não é nele, mas sim em Deus que ancoro minhas mãos pra voltar a me equilibrar e caminhar depois de passos trôpegos.
Sou grata a Deus que continua a me ensinar através das coisas corriqueiras da vida e que me ajuda, não sei como, a me alegrar quando mergulho no meu ser e descubro como e quem realmente sou, e assim poder observar a vida com mais clareza e, quem sabe, simplicidade.
10 fevereiro, 2010
01 fevereiro, 2010
Faxina de novo!
Faxina também é vida
Tenho percebido ultimamente o quanto Deus tem me ensinado através das coisas corriqueiras da vida. Esses dias foi a vez de aprender coisas importantes com uma faxina.
O Rev. Elben diretor geral da Editora Ultimato e redator da revista, se encheu de coragem e permitiu que uma parte da equipe Ultimato desbravasse seu escritório e realizasse uma faxina histórica.
Ele precisou ter mesmo muita coragem para permitir que nós limpássemos e selecionássemos o que deveria ser jogado fora. Percebi o quanto isso era ousado quando uma de suas filhas me disse: “os papéis são a vida dele”.
Me encantei com essa capacidade de se “encher de vida” prestes a completar 80 anos. Isso é admirável! Quantas vezes postegamos as coisas porque pensamos ser tarde demais, ou porque não vale a pena recomeçar “a esta altura do campeonato”. Pois com ele é diferente, ainda há planejamento, expectativas e muitas coisas a se viver. Quanta vitalidade!
Confesso que esta abundância de vida é algo que me encanta. É um legado que recebo dos “velhinhos da minha vida” (entre eles incluo minha vó Nilsa) com muita alegria. É por isso que não concordo muito com afirmações do tipo “eles tem a mente jovem” ou “eles não são velhos, ainda são jovens”, acho que não se trata disso. Eles são o que são, tem a idade que tem, mas com uma disposição e coragem diferenciada. É bem verdade que os jovens podem até possuir uma vitalidade natural de sua idade, mas de nada adianta se esta não vier acompanhada de uma postura sensata diante da vida.
Mais uma lição aprendida (pelo menos eu espero): a abundância de vida não está, de maneira alguma, ligada à faixa etária à qual pertenço, mas sim à disposição de vivenciar a graça de Deus em todos os aspectos da vida.
Bendita velhice que abençoa e se deixa abençoar!
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